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Mais que vida útil e beleza, o cartão de visitas para os negócios

A vida nos espaços públicos e corporativos já não é mais a mesma. Usuários cada vez mais exigentes, a mídia e as questões ecológicas têm impulsionado um novo padrão de limpeza. Ou seja: já não é só estacionamento, entretenimento, requinte, variedade e conforto que contam. O item Asseio e Conservação está infiltrado nesses citados e também impera sozinho quando se avalia o consumidor.

Veja a pesquisa realizada pelo Jornal O Estado de São Paulo, que resultou em um caderno especial sobre shopping centers. Quarenta e oito estabelecimentos foram visitados, e uma nota foi atribuída para cada quesito relacionado à Praça de Alimentação. No entanto, banheiros, corredores, estacionamento, entre outros, também fizeram parte da avaliação. Pense então qual foi o peso do Tratamento de Pisos para o resultado finalizou, bom ou ruim (veja na página 28 os resultados).

Bem, seja num hotel, num edifício, hospital, igreja, clube, shopping ou praça – a forma de limpar, higienizar e às vezes polir um revestimento faz toda a diferença para a sua vida útil e atratividade do ambiente. Podemos dizer tranquilamente que é o cartão de visitas para os negócios.

Muitas opções, mas como limpar?

Outra característica do mercado de hoje é que existe uma gama muito maior de opções em revestimentos de pisos, tornando a higienização muito mais específica e complexa. Além disso, o consumidor mudou a sua visão em alguns outros aspectos.

Segundo a química Simone Almeida de Oliveira, gerente Industrial de uma empresa de selantes e com experiência nessas mudanças, em um passado recente a maior preocupação do mercado consumidor desta modalidade de produtos era especificamente o preço aparente, ou seja, o preço do produto individualmente e na parte técnica o “brilho momentâneo” que o mesmo produzia, sem avaliar os demais custos agregados que envolvem a operação. Com a atual oferta de produtos oriundos de novas tecnologias, como a exemplo ceras e bases seladoras resistentes à presença de água, umidade, incidência solar, resinas não oxidantes, que evitam o amarelamento do filme, uma nova tendência surgiu no mercado em observar a relevância do custo final do tratamento e não mais o preço exclusivamente.

“Nesta ótica, hoje podemos constatar que produtos com preços mais elevados proporcionam um custo final do tratamento bem mais otimizado devido à característica maior de sua durabilidade (resistência) e preservação do brilho inicial (não amarelamento). Esta tecnologia proporcionou um menor consumo de produtos somados a uma redução de operacionalização, que inclui fatores como tempo, número de mão-de-obra entre outros. Desta forma entendemos que a tendência atual é buscar um padrão de qualidade cada vez maior com a sustentação crescente da otimização dos custos totais de operação”, explica ela.

Tipos de pisos e cuidados

Mas que tipos de pisos existem? Quais os cuidados e o produto mais indicado? Bem, são basicamente dois: os pisos quentes – aqueles que não aceitam a limpeza úmida, exemplo, como madeira, emborrachado, carpete e marmoleum linnoliun. E os pisos frios – que aceitam limpeza úmida. Dentro da classificação de pisos frios temos os porosos (granilite, granito, mármore, marmorite, concreto e cerâmica) e os não-porosos (vulcapiso, paviflex, plurigroma e fórmica).

De acordo com Simone, o tratamento e produtos para pisos quentes são mais restritos, pois é fundamental levar em consideração a questão da utilização da água, fazendo com que na maioria dos tratamentos sejam adotados produtos à base de veículo não aquoso e operações a seco. Já para pisos frios, o ideal é realizar um tratamento que englobe as etapas de limpeza e remoção do tratamento pré-existente; selamento e nivelamento do piso, em especial nos casos de pisos porosos, mediante a aplicação de um selador ou base seladora; impermeabilização ou acabamento utilizando ceras à base de resina acrílicas; e, finalmente, a manutenção em periodicidade definida com detergente apropriado.

Qualidade no resultado e maior vida útil

Mas o que não fazer em tratamento de pisos quando se quer qualidade do resultado final e maior vida útil do material? Primeiro, mostre ao seu cliente que é preciso não avaliar o tratamento pelo preço isolado dos produtos em detrimento da qualidade, e empregar nas operações mão-de-obra qualificada, fatos que isoladamente ou em conjunto ocasionam na obtenção de resultados aquém das características que os produtos modernos proporcionam.

Na vertente dos produtos ecologicamente corretos, esta é uma realidade. De acordo com a gerente Industrial, as pesquisas para produtos à base de resinas metalizadas com tais características estão avançadas, porém não podemos afirmar que existirá uma geração de resinas que atenderá este conceito, outrossim um tratamento não é composto apenas por resinas. Nos demais segmentos, já existem detergentes para a manutenção das áreas que se enquadram perfeitamente no critério ecologicamente correto.

Entretanto, sem este produto sustentável ou não, alguns parâmetros devem ser observados e respeitados quando submetemos um piso a um tratamento, os quais podemos citar: o percentual de umidade relativa do ar; as condições de ventilação do ambiente; a total e completa remoção do detergente utilizado na etapa de remoção, bem como os resíduos do filme anterior; o grau de nivelamento de porosidade do piso; o tempo de secagem entre a aplicação de uma camada e outra, o correto sentido de aplicação do produto e o equipamento e utensílio adequado para a operação.

Etapas, benefícios e aplicações

O tratamento de pisos é um processo de impermeabilização, renovação e proteção de pisos. Tem como etapas:

  • A lavagem e remoção de todas as sujidades, tais como incrustações, ceras velhas, seladores, resinas, tratamentos antigos, etc.
  • Selagem e impermabilização
  • Brilho/acabamento: aplicação de cera, filme duro, de alta resistência e com brilho de molhado, antiderrapante.

Já os benefícios podem ser classificados como:

  • Proteção e conservação do piso
  • Aumento da vida útil do material
  • Ação antiderrapante, oferecendo maior segurança de trafegagem
  • Facilidade de limpeza de rotina
  • Enobrecimento do ambiente
  • Melhor custo/benefício na manutenção do dia-a-dia.

Agora, quando falamos em processo, o tratamento de pisos pode ser aplicado em: pisos de madeira, pisos de carpete de madeira, vinílicos, de cerâmica, de ardósia, de mármore, de granito e granilites, pedras, mosaico, pedra São Tomé e pisos de cimento.

Nos cuidados do ato de limpar, temos algumas particularidades. Veja:

  • Cerâmica – exige atenção. Em pós-obra, cuidado com a higienização, uma vez que é comum a existência de materiais abrasivos à superfície. O primeiro passo é remover resíduos soltos para então limpar com uma esponja ou pano de algodão umedecido em água; se necessário, com detergentes neutros. Não utilize materiais com cerdas de aço ou qualquer outro metal, como esponjas de aço, que podem riscar, danificar e retirar o brilho do material. E se ainda assim for necessária a remoção de restos de materiais, use produtos específicos para retirada de resíduos pós-obra.

  • Limpeza rotineira – pano úmido ou esponja, detergente neutro e se necessário removedor específico. Evite o uso de detergentes agressivos, ácidos ou soda cáustica, além de escovas e produtos concentrados de amoníaco, que atacam o esmalte das peças e seu rejunte.

  • Conforme o local e a necessidade, recomenda-se o uso de enceradeira industrial com mantas abrasivas verdes. Em freqüência, tudo vai depender do tipo de uso e grau de sujidade. Indústrias alimentícias, por exemplo, requerem mais de uma manutenção por dia.

  • Porcelanato – por se tratar de um material delicado, tenha cuidados mais pontuais, reservando substâncias específicas para tal higienização. A manutenção deve ser feita periodicamente com detergentes neutros, alcalinos ou à base de amônia, além de água sanitária diluída. Não é recomendado uso de ceras ou intensificadores de brilho.

  • Pisos de borracha – pode-se usar enceradeiras de lavagem com desengraxantes ou detergentes líquidos. Evite produtos clorados e nunca faça uso de produtos em pó. Outra recomendação é a manutenção com lavagem a cada seis meses, um ano, dependendo do tráfego pelo local.

  • Granito e mármore – por se tratar de revestimentos com variações de cores e manchas, recomenda-se o uso de pano macio e água, podendo eventualmente misturar detergente com água para completar a limpeza. Mas atenção: evite usar água sanitária, ácido muriático, produtos oleosos ou material corrosivo.

  • Carpete – exige manutenção diferenciada para cada espaço. Em corredores, faça a aplicação de um pó absorvente, lançado sobre o carpete e varrido o espaço entre os pêlos, para absorver a sujeira. Nas escadas, use lavadoras com escovas rotativas, que impregnam espuma e retiram a sujeira. Por fim, para os halls de entrada, os aspiradores são os mais indicados, pois removem líquidos e detritos que permanecem nos pêlos. Recomenda-se ainda uma limpeza mais profunda em intervalos regulares com o objetivo de eliminar oleosidade e gordura que podem ter aderido ao carpete. Para isso, uma solução é o detergente spray ou água quente, extraindo o líquido por sucção. Outra saída: aplicação de xampu utilizando máquinas cilíndricas ou de rotação, levando a sujeira a se desgrudar dos pêlos e ficar suspensa na espuma. Complete – para todos os casos – com aspiração regular, mesmo em áreas de baixo tráfego.

Mas não se esqueça: independente do procedimento, dê atenção especial ao produto e à mão-de-obra qualificada. Só assim o seu cliente e seus consumidores poderão se sentir valorizados por estarem em um ambiente agradável, limpo e saudável. A imagem é o primeiro, segundo e terceiro quesito que conta ao adentrar num espaço, seja ele de negócios, lazer, cultura, moradia ou aprendizado. Você nunca sabe quando uma visitação/pesquisa poderá ser feita, mas pode determinar a nota atribuída ao espaço, basta olhar sempre para a limpeza correta!

Fonte: Revista Higiplus – Edição 49

VANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

A terceirização de serviços e de mão-de-obra se tornou uma prática muito comum em condomínios, bancos, shoppings, indústrias e empresas de diversos portes e segmentos. Atualmente, existe a possibilidade de se terceirizar quase tudo: segurança, portaria, recepção, limpeza, transporte, logística, contabilidade, entre outras áreas.

As vantagens da terceirização são muitas e atraem muitas empresas. “Terceirizar é uma ótima solução para muitas empresas. Quando um condomínio, por exemplo, opta por este procedimento, os benefícios são enormes, tanto em relação à qualidade dos serviços, quanto aos custos menores”, afirma Paulo Roberto, diretor comercial do GRUPO GR.

Uma das principais vantagens da terceirização é que o contratante da mão-de-obra consegue focar seus esforços no core business da empresa, deixando a cargo da contratada todas as responsabilidades que envolvem a prestação de serviços, como seleção, admissão, treinamentos e acompanhamentos - ações essenciais para a contratação de profissionais capacitados e competentes.

Os segmentos de segurança e serviços são as áreas mais terceirizadas por grande parte das empresas e dos condomínios, que levam em conta, além da qualificação dos profissionais contratados, a praticidade ao precisarem suprir necessidades urgentes, como a substituição rápida e eficaz de funcionários por motivos de férias, afastamentos, licenças, entre outros. Quando a mão-de-obra é contratada, os custos e dificuldades de se encontrar um substituto para o colaborador ausente ficam a cargo da própria companhia ou condomínio. Já na terceirização, essa substituição é automaticamente realizada pela empresa prestadora de serviços.

“Quando falamos em benefícios da terceirização, podemos citar inúmeras vantagens, mas existem aquelas que são mais evidentes, como, por exemplo, a facilidade de organização e gerenciamento do controle de custos da empresa ou condomínio contratante, que consegue otimizar investimentos em prestação de serviços, como mão-de-obra, uniformes e equipamentos”, diz Paulo Roberto.

Além disso, segundo o especialista Paulo Roberto, terceirizar evita que as empresas que optam por este procedimento tenham que lidar com trâmites jurídicos e possíveis problemas trabalhistas com funcionários, pois é a prestadora de serviços que oferece suporte e que atua com responsabilidade nestas questões.

Fonte: Site Administradores.com

Entenda a lei que regulamenta a terceirização no País

O Projeto de Lei 4330/2004 é uma proposta para regulamentar a terceirização de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polêmico, esse projeto corre na Câmara dos Deputados desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde então.

Um dos pontos polêmicos do projeto é a liberação de terceirizados para executar atividades-fim da empresa – ou seja, a função principal da companhia. Até então, as empresas só podiam terceirizar atividades-meio. Por exemplo: uma empresa que produz móveis podia até então terceirizar a limpeza e o serviço de alimentação de seus funcionários, mas não o de montagem da mobília.

As empresas estatais, no entanto, não poderão terceirizar seus empregados, segundo o texto aprovado na Câmara. Mas o texto prevê a extensão dos direitos trabalhistas e previdenciários aos terceirizados de atividades-meio que estão hoje prestando serviços no setor público.

Os empresários alegam que é difícil definir o que é atividade-fim e o que é atividade-meio, e que é impossível modernizar a atividade econômica sem facilitar a terceirização. Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentação de que a terceirização “precariza as condições de trabalho”, pois abriria a possibilidade de contratação de funcionários terceirizados para prestação de serviços sem a cobertura da CLT.

A falta de uma regulamentação causa insegurança jurídica no mercado de trabalho, pois é comum ver casos em que uma empresa empurra para outra as obrigações trabalhistas dos seus contratados. Atualmente, há mais de 16 mil processos em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o tema.

Depois de longas negociações – que envolveram o ministro da Fazenda, o secretário da Receita Federal e o presidente da Câmara dos Deputados -, o projeto foi aprovado em votação simbólica na Câmara em 8 de abril. Apenas dois partidos votaram contra o projeto (leia aqui).

As emendas ao projeto, no entanto, só começaram a ser apreciadas na semana seguinte, na terça-feira, dia 14. No último dia 15, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, porém, decidiu adiar a votação, que só veio a acontecer nesta quarta-feira,22 de abril. Agora, o texto segue para a análise do Senado – onde poderá ser novamente modificado.

10 perguntas sobre o texto aprovado na Câmara:

1. Quais atividades poderão ser terceirizadas?

Qualquer atividade, incluindo as chamadas atividades-fim. Um banco, por exemplo, pode terceirizar serviços de limpeza e segurança e a própria atividade dos bancários.

2. Quem pode terceirizar?

Só as empresas privadas. As empresas públicas, como Petrobrás e Banco do Brasil, não poderão terceirizar as atividades-fim. As regras não se aplicam também aos contratos de terceirização na administração pública direta, autarquia, fundações da União, dos Estados, Distrito Federal e municípios.

3. Quais as responsabilidades das empresas envolvidas?

A empresa tomadora dos serviços deverá fiscalizar mensalmente o correto pagamento das verbas salariais e previdenciárias do empregado terceirizado. Se não houver fiscalização, ela terá responsabilidade solidária. Ou seja, o terceirizado pode cobrar na Justiça as verbas trabalhistas e previdenciárias de qualquer uma das empresas. Em caso de não pagamento, a contratante deve reter o pagamento da fatura mensal da empresa contratada proporcional ao valor inadimplente e pagar diretamente os salários, tributos e FGTS.

4. Como fica a representação sindical do trabalhador terceirizado?

Ele será representado pelo sindicato da categoria da empresa prestadora de serviços. O sindicato só poderá ser o mesmo da contratante quando a atividade terceirizada pertencer à mesma categoria, ou seja, quando o terceirizado exercer a atividade-fim. Nesse caso, o trabalhador terceirizado terá direito aos mesmos acordos e convenções coletivas do funcionário direto.

5. Os terceirizados terão direitos iguais aos dos funcionários da contratante?

Eles poderão ter acesso a refeitórios, serviços de transporte e atendimento ambulatorial oferecidos pela contratante aos seus empregados. Já benefícios extras, como participação nos lucros e convênio médico deverão ser objeto de negociação do sindicato representativo do trabalhador.

6. Como fica a situação do terceirizado em caso de troca de empresa?

Em caso de troca da empresa prestadora de serviços com a admissão de empregados da antiga contratada, devem ser garantidos salários e direitos do contrato anterior.

7. Como fica o pagamento de tributos?

As empresas contratantes dos serviços de empresas terceirizadas devem recolher 1,5% de IRRF, 1% de CSLL e 3,65% de PIS e Cofins. Elas terão, no entanto, menor acesso a crédito tributário – cairá do atual patamar de 9,25% para 3,65%.

8. Como ficam os contratos em vigor?

Contratantes e contratadas não poderão prorrogar contratos em vigor que não atendam as novas exigências.

9. Acaba a alegação do terceirizado de vínculo empregatício com a contratante?

Se for comprovado que o terceirizado presta serviço à contratante que só ele é capaz de realizar e recebe ordens diretas dele, o vínculo será reconhecido.

10. Como será recolhida a contribuição ao INSS?

Diferente do que desejava o ministro da Fazenda, o pagamento será de 20% sobre a folha de pagamentos e não de 5,5% sobre o faturamento. As empresas que fazem a cessão de profissionais, e não de maquinário, continuarão pagando alíquota de 11% sobre a receita bruta.

Fonte: Site Estadão – Economia & Negócios – 07/04/2015

Setor de serviços representa quase 70% do PIB brasileiro e apresenta crescimento em diversas áreas

Diferente do que muitas pessoas pensam, o desenvolvimento econômico do Brasil tem sido impulsionado nos últimos tempos não mais pela atividade industrial, mas principalmente pelo setor de serviços. Em amplo crescimento, o segmento apresentou a maior expansão em 8 meses em dezembro de 2012, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI - sigla em inglês) realizada pelo Markit Economics, provedor global e independente de algumas das pesquisas de negócios mais influentes do mundo. Em dezembro o indicador atingiu 53,5, um aumento considerável comparado aos 52,5 registrado em novembro. O setor manteve-se pelo quarto mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. De acordo com o Markit, quase 18% das empresas monitoradas indicaram uma produção mais alta, citando aumento no volume de entrada de novos negócios pelo quarto mês seguido e no ritmo mais rápido desde abril.

Com diversos tipos de negócios e necessidade de investimentos mais baixos, comparado à empresas que trabalham com produtos, o setor de serviços representa atualmente quase 70% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e é considerado o maior empregador do país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já a indústria foi o setor que mais puxou para baixo o desempenho da economia brasileira. Otimistas diante deste cenário, empreendedores têm investido cada vez mais no setor de serviços, que abrange diversas áreas de atuação e diferentes modelos de negócios. Confira, abaixo, algumas empresas de diferentes ramos que obtiveram sucesso em seus negócios.

ALIMENTAÇÃO: ESTÁ ENTRE OS SEGMENTOS QUE MAIS CRESCEU NO SETOR DE SERVIÇOS

"O segmento que mais cresceu no setor de serviços é o de alimentação, que representa 19,4% do mercado e um aumento anual de 3,3%", comenta Márcio Rangem, master franqueado da Empada Brasil, uma das maiores redes de empadaria do Brasil que já conta com 66 unidades em funcionamento. "A Empada Brasil sempre se destacou como uma opção muito vantajosa no ramo de franquias de alimentos. Nosso novo modelo de negócios no formato de quiosque nos possibilita ampliar nossa presença e gerar mais postos de trabalho para o setor".

TECNOLOGIA: DENTRO DE SEIS MESES HAVERÁ UM COMPUTADOR PARA CADA BRASILEIRO

Outro segmento que deve ficar bastante em evidência é o da tecnologia da informação. Sem retração, os serviços de tecnologia no país alavancam o PIB. Dados do IBGE mostram que o segmento de serviços de informação avançou 4,9% em 2011, acima da alta do PIB do país, que ficou em 2,7. Por todos esses fatores, a Sr. Computador, fundada em 2012, pretende ganhar território nacionalmente neste ano, projetando lançar 200 unidades. “Profissionais de informática estão entre os mais procurados pelo mercado e o Brasil é um dos maiores consumidores de equipamentos na área, com significativa popularização de computadores, incluindo notebooks, ultrabooks e outros. Além disso, praticamente todas as empresas possuem máquinas que, fatalmente, necessitam de manutenção”, explica Gustavo Freitas, um dos diretores de rede de franquias especializadas em manutenção e reparo de redes e computadores para empresas e domicílios. Em apenas cinco meses, já são 18 unidades comercializadas no estado de São Paulo.

Dados da consultoria IDC Brasil (International Data Corporation) revelaram aumento do número de computadores vendidos no primeiro semestre de 2012: foram 7,8 milhões de máquinas comercializadas no país. Em abril de 2012, pesquisa divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) afirmava que o Brasil já possuía 99 milhões de PCs em uso, somados os utilizados em ambientes corporativo e doméstico. Estatisticamente, isso representa um computador para cada dois habitantes. Contudo, o cenário deverá ser diferente dentro de seis anos. Segundo o estudo, nesse período, deverá se chegar a um computador para cada brasileiro.

LIMPEZA: PEC DAS DOMÉSTICAS TRARÁ MAIS PROFISSIONALIZAÇÃO AO SETOR

Considerado um dos que mais emprega no país, o mercado de limpeza profissional já é uma tendência no Brasil e movimentou em 2010, recursos da ordem de R$ 15 bilhões, segundo dados de um estudo encomendado pela Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional(Abralimp). Com a criação da PEC das Domésticas (Proposta de Emenda à Constituição 478/2010), que irá garantir diversos benefícios aos cerca de 6,6 milhões de trabalhadores domésticos existentes, a tendência para o mercado de limpeza é a profissionalização. Ocorre que a mudança pesará no orçamento de algumas famílias. Assim uma alternativa às pessoas que precisam desses serviços são as empresas especializadas em limpeza profissional, como é o caso da House Shine.

"O mercado de limpeza é bastante amplo e representa uma necessidade comum em todas as residências e espaços comerciais e corporativos. A House Shine veio com o objetivo de profissionalizar este setor, oferecendo aos profissionais todos os direitos que merecem ao mesmo tempo em que proveem um serviço de qualidade à população", declara Cândido Mesquita, fundador da House Shine. Com pouco mais de 4 meses de atuação, a rede já conquistou 60 unidades e um faturamento de R$ 11 milhões. Para 2013, a meta é ainda mais ousada, a companhia pretende atingir um total de 360 unidades e faturar R$ 92 milhões.

SAÚDE E BELEZA: BRASIL É O SEGUNDO MAIOR MERCADO DE ESTÉTICA DO MUNDO

Um mercado que está constantemente em evolução, mas que não é novidade para ninguém é o voltado à saúde e beleza, que tem crescido em torno de 10% ao ano no Brasil. O faturamento do setor, em 2011, foi de R$ 40 bilhões e, em três anos, deve chegar a R$ 50 bilhões. A D’pil, rede de franquias referência nacional no segmento de fotodepilação por Luz Intensa Pulsada, por exemplo já possui mais de 460 pontos pelo Brasil e mais de 30 no exterior. "O Brasil possui economia forte e crescente, além de possuir um público investidor bastante interessante e ser o segundo maior mercado de estética do mundo, que movimentou quase 140 bilhões de reais em 2011”, afirma Marlon Sampaio, diretor geral da empresa.

SEGUROS: TODAS AS PESSOAS POSSUEM AO MENOS UM SEGURO

De acordo com um levantamento feito pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), só no primeiro semestre de 2012, o setor de seguros faturou R$ 45 bilhões. Esse valor significa um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado. Voltada exclusivamente ao mercado de seguros, a Seguralta possui mais de 40 anos. Desde então, já conquistou mais de 350 franqueados pelo país. Em 2011, ficou entre as dez franqueadoras que mais comercializaram unidades, com 117 no total. "O ramo de seguros é amplo e diversificado e praticamente todas as pessoas possuem ao menos um seguro", ressalta Reinaldo Zanon Filho, presidente da Seguralta.

CONSTRUÇÃO CIVIL: SETOR DEVE MOVIMENTAR MAIS DE R$ 100 BILHÕES EM 2013

Segundo estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a construção civil movimentará em 2013 mais de R$ 100 bilhões, valor bastante superior ao registrado em 2003, quando movimentava R$ 2,3 bilhões ao ano. Mais maduro, o setor irá demandar mais inovação para aumentar sua produtividade. A Doutor Resolve foi fundada em 2010, logo após seu fundador, David Pinto, realizar uma reforma mal sucedida em seu apartamento. “Ao contrário do que eu imaginava, a mão de obra contratada na época não era capacitada. A reforma do meu apartamento atrasou e o meu orçamento excedeu, um problema pelo qual muitos proprietários de imóveis já passaram. Foi naquele período que pesquisei sobre o déficit de profissionais no mercado e decidi, poucos meses depois, lançar a Doutor Resolve”, conta o empresário. Especializada em reparos e reformas em imóveis comerciais e residenciais, a Doutor Resolve conta com 550 unidades espalhadas em todo país.

EDUCAÇÃO: AUMENTO NO SETOR DE SERVIÇOS DEMANDA CADA VEZ MAIS MÃO DE OBRA QUALIFICADA

Uma das maiores preocupações no setor de serviços é com relação à contratação de pessoas. Os setores que mais sofrem com isso é o da construção civil. Segundo pesquisa realizada recentemente pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), cerca de 70% das empresas no Brasil sofrem com a falta de mão de obra no setor da construção civil. Ainda mais alarmante é o número de contratados que obtiveram formação profissional anterior: apenas 18%. "Mesmo em crescimento, a construção civil ainda sofre com a escassez de mão de obra qualificada, o que tem impacto na qualidade e agilidade para entrega das obras", explica David Pinto, fundador do Instituto da Construção.

Pioneiro em cursos profissionalizantes para o setor da construção civil, o Instituto da Construção finalizou 2012 com 60 unidades e faturamento de R$ 6 milhões. Para 2013 a expectativa é conquistar mais 200 unidades e faturamento de R$ 30 milhões. Os bons resultados se devem ao rápido crescimento do setor no Brasil, impulsionado principalmente pelo "boom" imobiliário nos últimos anos, pelas obras de infraestrutura do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) e aquelas destinadas aos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Além da construção civil, esses importantes eventos esportivos também irão demandar mão de obra qualificada em diversas outras áreas.

Em plena fase de expansão, o mercado de cursos profissionalizantes recebeu este ano mais uma forte marca, a Evolute Cursos Profissionalizantes, uma das principais escolas de cursos profissionalizantes do país, oferecendo formação nas principais áreas do mercado de trabalho, tais como informática, marketing, finanças, design, além de setores específicos como os de petróleo e gás, sucroalcooleiro e turismo. A Evolute é parte do Grupo VA, que em 2010 lançou também a Pop Idiomas, que oferece curso de inglês a preços populares. Segundo os sócios Vinícius Almeida e Alexandre Loudrade, o objetivo das duas escolas é oferecer às pessoas a possibilidade de se capacitarem para o mercado de trabalho através de um sistema individualizado, interativo e acessível.

SAFE recebe conceito ÓTIMO em avaliação de desempenho feita pela INFRAERO.

Estudar vira pré-requisito para seguro-desemprego

Trabalhador que requisitou seguro-desemprego três vezes em um período de 10 anos pode ser obrigado a fazer curso de qualificação para ter direito a um novo benefício. /isso é o que prevê decreto publicado no Diário Oficial da União recentemente. Pelo documento, o curso precisa ser reconhecido pelo Ministério da Educação e ter carga horário mínima de 160 horas. Porém, para ser colocado em prática são necessárias portarias do Ministério do Trabalho e Educação, que vão definir as características dos cursos e em quais condições os trabalhadores podem ser dispensados. Em 2011, o governo gastou R$ 23,7 bilhões com benefícios de seguro-desemprego. No ano anterior, foram quase R$ 3 bilhões menos. Uma das justificativas para a medida recai sobre a falta de qualificação dos trabalhadores brasileiros, além da alta rotatividade.